O termo “holding” vai além da noção de conglomerados industriais. No Brasil, esse conceito é visto como uma estratégia desenvolvida por empresas e famílias para administrar seus bens de
Dentro das várias formas de holding, uma holding familiar se destaca como uma das mais populares entre empresas e famílias. Ela redefine a maneira como o patrimônio é gerido e facilita o processo de sucessão, trazendo benefícios em comparação ao inventário.
A estrutura de holding tem ganhado destaque e se tornado cada vez mais comum no ambiente empresarial, sendo desenvolvida com um foco estratégico para facilitar o planejamento, controle e gestão das empresas que a compõem. Além disso, o crescente interesse na criação de holdings está relacionado ao desejo de obter maior proteção patrimonial, bem como aprimorar o planejamento sucessório e tributário.
Modelos de Holding
As holdings vêm ganhando importância no cenário empresarial, atuando como instrumentos de controle acionário e sendo utilizadas como uma estratégia eficiente para a gestão de patrimônio, sucessão familiar e melhoria administrativa. A seguir, conheça os diferentes tipos de holding e suas principais características:
- Holding Pura: Tem como objetivo exclusivo a participação societária em outras empresas e geralmente o controle das mesmas, sendo a sua única atividade a manutenção da participação societária.
- Holding Mista: Tem participação societária em outra empresa, também possui objeto social para a exploração de uma atividade empresarial.
- Holding Familiar: É utilizada para a organização do patrimônio e do devido planejamento sucessório pelas empresas, com o objetivo de centralizar, organizar a administração e simplificar o processo sucessório.
- Holding Administrativa: Visando centralizar a gestão, organizar a administração e facilitar o processo sucessório.
- Holding de Controle: Tem o objetivo de deter o controle societário de uma ou mais empresas.
- Holding de Participação: Concentra a gestão de diversas empresas e administra participações societárias de menor porte.
- Holding Setorial: Agrupa sociedades com finalidades comuns em setores específicos, abrangendo áreas como indústria, comércio, atividades rurais, finanças, entre outras.
O que é preciso para abrir uma holding?
Existem vários tipos de holding, cada um deles para diferentes finalidades. Por isso, antes de iniciar o processo de criação de uma holding, é fundamental identificar qual modelo atenderá melhor às necessidades de gestão desejadas. No entanto, de forma geral, é possível seguir um passo a passo para abrir uma holding.
- Planejamento: Definir metas e levantar o patrimônio a ser incorporado.
- Definição dos Sócios: Entrevistar os membros para poder alinhar as expectativas;
- Escolha do Sistema Tributário e Societário: Escolha o regime tributário mais adequado (Lucro Presumido ou Lucro Real); Decida o tipo societário (LTDA, S.A. ou Eireli) de acordo com a avaliação do patrimônio.
- Escolha da Modalidade: Decida entre holding pura ou mista
- Formalização da Holding: Terá que obter o CNPJ da holding; assine o contrato social (ou estatuto para S.A.); homologue os documentos na Junta Comercial;
- Taxas e Alvará de Funcionamento: Pague taxas de abertura e solicite alvará de funcionamento;
Principal objetivo da holding
Trata-se de uma estrutura empresarial complexa que, embora diferente, tem como foco central a gestão eficiente de um grupo de empresas ou ativos. Seu objetivo principal é estabelecer uma entidade controladora que possua o controle financeiro de outras empresas, permitindo uma estratégia estratégica mais eficaz. Esse modelo é amplamente adotado por grandes conglomerados, onde a implementação de uma visão estratégica unificada.
A definição do regime tributário e da estrutura societária é um passo crucial na formação de uma holding. A escolha entre Lucro Presumido ou Lucro Real, assim como a decisão entre Sociedade Limitada, Sociedade Anônima ou Eireli, afeta diretamente a carga tributária e a forma como a holding será estruturada.
Além disso, a holding atua como uma estratégia para reduzir riscos, ao separar as operações em subsidiárias diferentes. Dessa forma, possíveis problemas financeiros em uma dessas subsidiárias não afetam as demais, protegendo o restante do grupo. Isso também facilita o processo de fusões e aquisições, permitindo consolidar empresas sob uma única entidade de forma eficiente.
Portanto, a holding é uma ferramenta estratégica tanto para a gestão de patrimônio quanto para a coordenação de recursos e estratégias entre as subsidiárias. Sua criação demanda uma análise detalhada dos objetivos da entidade controladora, sendo essencial contar com assessoria jurídica especializada para garantir sua eficácia e conformidade com a legislação vigente.
Como visto ao longo do texto, a holding pode ser classificada de diferentes maneiras, sendo as principais categorias a holding pura e a mista. Cada uma delas apresenta suas próprias vantagens e desvantagens, além de exigências jurídicas e tributárias que precisam ser consideradas.
Essa estrutura é amplamente adotada no ambiente empresarial, e é essencial observar os requisitos legais, assim como outros fatores envolvidos, para que sua criação e organização sejam feitas de forma adequada.
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